A Casa (1977). Hausu. Exótico terror japônes. Uma colegial (Kimiko Ikegami), e seis de suas colegas de classe, viajam para a casa campestre e assombrada de sua tia. Logo, as meninas arrependidas começam a ser mortas uma a uma; mas qual é a razão por trás dos assassinatos? Esta produção é basicamente uma versão nipônica de "Evil Dead", mas possui um certo estilo visual, que só pode ser comparado a "Suspiria" de Dario Argento, lançado no mesmo ano. É recomendado para fãs do bizarro e do surreal, pois aqui não há muito enredo.
O filme inteiro é muito estranho do começo ao fim e devo admitir que, se havia uma história acontecendo, deve ser sobre a jovem garota indo até a tia, para aprender mais sobre sua mãe morta. Os personagens em si são todos bastante interessantes, porque recebem o nome de sua "especialidade", sendo uma delas a "Kung-Fu" (Miki Jinbo), que possui alguns dos melhores momentos do filme (as outras atrizes também são bem bonitinhas, diga-se de passagem). A natureza surreal e a mistura de vivos e mortos, nos faz pensar se o diretor Tim Burton não assistiu a isso, antes de fazer "Beetlejuice".
Contém excelentes efeitos especiais, e que parecem modernos, mesmo nos dias de hoje. Esses efeitos aumentam a natureza exagerada das coisas, servindo também para dar o toque humorístico da trama. Eu acho que alguns podem não entendê-lo (o medo aqui, não vêm de elementos "anticristãos"), mas eu respeito o que o diretor tentou fazer.
Este é provavelmente, uma das produções mais diferentes que eu já vi e certamente não vou esquecê-la, mas ao mesmo tempo não posso dizer que estou ansioso para assistir novamente, ou sair por ai recomendando a todos. Se você quer ver algo único e com efeitos "brilhantes", não irá se arrepender. Nota 8,5.
Direção de Nobuhiko Ôbayashi.