sexta-feira, 16 de agosto de 2019

PIN - Uma Jornada Além da Loucura (1988)

Nessa versão-baixo-orçamento de PSICOSE, o personagem Leon (David Hewlett) é Isolado do convívio social por seus excêntricos pais (sua mãe é maníaca por limpeza - a atriz Bronwen Mantel, em um belo papel); enquanto o pai é viciado em seu trabalho). O jovem encontra então, companhia em um amigo imaginário, que por acaso é um boneco de anatomia, do consultório médico de seu pai Dr Linden (Terry O'quinn). Infelizmente, o boneco começa a tomar conta da vida de Leon e da vida de sua irmã Ursula (Cynthia Preston), que dividem a casa com "Pin" (o manequim de anatomia). Quando Ursula começa a sair com o novo namorado, seu irmão e seu sinistro boneco, tomados pelo ciúme, resolvem entrar em ação. Este filme nunca recebeu muita atenção, sendo colocado na mesma bacia de filmes "splatter" dos anos 80.


Isso é realmente uma pena, porque PIN é tudo que um bom filme de terror deve ser: quieto, tenso, estressante e emocionalmente envolvente. A "voz" de PIN é extremamente perturbadora e sua mera presença em cada cena é fascinante, mas ao mesmo tempo incômoda. Você realmente se preocupa com os personagens, ao contrário dos adolescentes fúteis em filmes "slasher", que você nunca conhecerá como seres humanos, e que muitas vezes acaba torcendo contra eles durante a trama. 


Os personagens aqui, não são apenas "carne de açougue". Você gosta deles, você quer que eles sobrevivam, amadureçam e superem o passado. Todos esses elementos, tornam essa produção muito mais difícil de assistir, e muito mais horrível em seus momentos cruciais e assustadores. O final é de fato surpreendente. 


Altamente recomendado para pessoas que gostam de um terror psicológico, com sua paranóia e mentes distorcidas. Nota 8.

Direção de Sandor Stern.