Rosemary's Baby. Rosemary e Guy (Mia Farrow e John Cassavetes), são casados e se mudam para um novo apartamento, cercado por vizinhos excêntricos e ocorrências estranhas. Quando a esposa fica "misteriosamente grávida", a paranóia sobre a segurança do bebê, começa a afetar a vida do casal. Com toda certeza, é uma das maiores produções de todos os tempos. A força do filme é o roteiro, que através da trama e do diálogo, implica e sugere. Somente perto do fim, descobrimos a verdade presumida. O suspense aumenta no final, enquanto Rosemary se aventura, no interior do apartamento diabólico, de seus vizinhos "do mal". A atuação é ótima, e reforça o roteiro bem elaborado. Gostei particularmente da atriz Ruth Gordon (no papel de Minnie), com seu comportamento e maneirismos excêntricos.
O design de produção e especialmente os figurinos, são luxuosos e coloridos. Já as roupas e penteados, como seriam de esperar, são típicos da década de 1960. Os efeitos visuais são mínimos, e são usados somente para aprimorar a história. Dado o ponto de vista do filme, a trama é bastante subjetiva. Sua interpretação é baseada nas percepções, imagens e medos do personagem Rosemary.
Pode-se dizer que ela sofre de delírios, ou, alternativamente, pode-se explicar que o que acontece é real. Está tudo na interpretação!. De qualquer forma, é um ótimo filme. Ele se mantém bem, mesmo quarenta anos depois. Causou uma revolução no cinema de terror/suspense da época, em um período onde os filmes de horror sofriam de uma certa ingenuidade, com excessos de "dráculas", e monstros de borracha com ziper nas costas. Ele também demonstra, um outro aspecto da cultura norte-americana, que já começava a preocupar as autoridades: o surgimento das seitas satânicas nos EUA, um problema que afetou bem o país, naquele período.
Existe também uma "maldição" envolvendo os artistas participantes do filme. A atriz Sharon Tate (esposa do diretor na época; e que faz uma ponta não creditada), acabou sendo assassinada pouco tempo depois na vida real, pela seita diabólica, do maníaco Charles Manson. Mia Farrow teve inúmeros problemas pessoais em toda sua vida; John Cassavetes morreu em circunstâncias misteriosas; e por fim, o ex Beatle John Lennon foi assassinado na frente do prédio, que serviu de locação para o filme, entre outros acontecimentos ruins. Coincidências a parte, trata-se de uma obra prima, digna de apreciação e que sempre habitará a lista das produções mais impactantes de todos os tempos. Nota 10.
Direção de Roman Polanski.
Obra prima máxima do suspense!!!!!!
ResponderExcluirAinda é um filme atual, mesmo depois de tantas décadas.
ResponderExcluirTantos acontecimentos ruins depois do filme...realmente é uma obra "maldita".
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