sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A Volta dos Mortos-Vivos (1985)

The Return of the Living Dead. Franquia de baixo-orçamento e de grande sucesso nos anos 80. Funcionários desajeitados de um armazém químico, acidentalmente liberam um gás mortal no ar. Esses vapores tóxicos chegam até as pessoas  mortas,  que voltam a vida na forma de estúpidos zumbis, que acabam causando um grande tumulto por Louisville, Kentucky, buscando sua comida favorita, o cérebro dos vivos!. Muitos anos antes da internet, Tv-a-cabo e joguinhos de PC, "Return...'' nos apresentou zumbis velozes, que podiam correr, pular e trabalhar em grupo, atacando pessoas e fazendo disso uma atividade "tragicômica". Estes monstros não são nada lentos; eles falam, pensam e resolvem problemas. 


Os personagens adultos deste filme são bem mais interessantes, do que os adolescentes (a gangue teen, é bem fraca e clichêzinha para falar a verdade). James Karen (Frank) é absolutamente histérico em seu papel como o gerente do depósito médico, cuja irresponsabilidade desastrosa leva à liberação dos monstros. Clu Gulager (Burt) é um idiota corporativo estressado, que fará de tudo para salvar o nome e a reputação do armazém que possui. E Don Calfa (Ernie) está excelente como o agente funerário sombrio, que pode ou não ser um ex-nazista. 


O grupo de personagens é incompatível na trama, mas se reúne e forma um vínculo, revidando e ficando mais desesperado, à medida que os zumbis se tornam mais fortes. Este filme nunca desacelera, nem por um minuto. Não há cenas de explicação longas, nenhuma configuração chata, apenas "emoção-killig-zumbi", desde a primeira cena. 


É a homenagem perfeita aos filmes de Romero; não existe um final feliz aqui, apenas uma reviravolta irônica que fará sorrir até o mais cínico pessimista. Este filme já é um clássico cult e merece seu status, não foi um sucesso estrondoso como "Sexta-feira 13", ou a "Hora do pesadelo", mas conseguiu uma boa parcela de fãs, até os dias atuais. Nota 8.

Direção de Dan O'Bannon.

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