domingo, 24 de março de 2019

Elvira, a Rainha das Trevas (1988)

Ao chegar em um pequeno vilarejo, onde herdou uma mansão decadente, uma famosa artista performática chamada Elvira (Cassandra Peterson), entra em conflito com um tio malvado e pessoas preconceituosas da cidade, que querem queimá-la na fogueira. Este é um grande filme de divulgação, para um personagem já existente, na mesma  tradição de personagens como ERNEST e Pee Wee Herman. Não veio para mudar a história do cinema, e sim para entreter. Ele ainda tem uma mensagem moral simples e gentil, sem nenhum custo extra. Elvira (ou melhor, Cassandra Peterson) era uma figura experiente, e que já possuía seu próprio programa de TV (também foi cantora de heavy metal e namorada de Elvis Presley), onde comentava sobre filmes de terror, vestida de viúva-negra, em um estúdio de Los Angeles. 


Ela realmente não roubou seu personagem das produções simplistas da década de 50, como muitos dizem por aí. Esse tipo de representação mítica, pertence a quem faz melhor; e Cassandra Peterson o faz muito bem. O vilão, William Morgan Sheppard, também está excelente, no papel de Vincent. Ele representa o mal, de forma bem refinada. 


Os produtores fizeram deste filme um piloto, para uma série de televisão, que infelizmente nunca foi feita, devido às suas referências sexuais inoportunas. Este aqui, no entanto, é muito divertido, ele foi seguido, alguns anos depois, pelo razoável "As Loucas Aventuras de Elvira", que se espelhava nos velhos filmes de Roger Corman, mas não conseguiu tanto êxito. 


Assista a isso para uma experiência divertida! Não há falhas técnicas graves por aqui. A execução é muito boa, funcionando como comédia e pseudo-filme de terror. Meus profundos elogios ao diretor, James Signorelli, e toda a sua equipe. Nota 9.

Direção de James Signorelli.

sábado, 23 de março de 2019

A Hora do Espanto (1985)

Para o jovem Charley Brewster (William Ragsdale), nada é melhor, do que assistir a um velho filme de terror, tarde da noite. Um certo dia, dois homens se mudam para a casa ao lado, e para Charley (devido a sua experiência com filmes de horror) não há dúvida, de que o comportamento estranho deles, é explicado pelo fato de que são um vampiro, e seu guardião morto-vivo. O único que pode ajudá-lo a caçá-los, é Peter Vincent (Roddy McDowall), apresentador favorito de Charley, do programa noturno "Fright Night". 


Vincent, realmente não acredita em vampiros, e está mais interessado no marketing televisivo, porém, algo irá mudar em breve na vida de ambos. Além de ser um dos melhores filmes de terror, acho que também, é um dos melhores filmes de toda a década de 1980. Ele é recheado de grandes atuações, especialmente Chris Sarandon como Jerry, e Roddy McDowall como Peter. 


Tem efeitos fantásticos de maquiagem, e que estão em falta, nos filmes de terror atuais (CREPÚSCULO não vale, é claro). E também combina uma grande sensação de medo, com um toque realista de comédia e drama. O melhor e mais engraçado aspecto do filme para mim, é como eles retratam o personagem vampiro. Eu não vou estragar a surpresa, mas o cara gosta de usar roupas de gosto duvidoso, come "frutas" o tempo todo, e tem um companheiro de quarto suspeito. Este filme é clássico!, além de possuir uma sequência igualmente  boa, e definitivamente acho que vale a pena assitir a ambos. 


Não podemos esquecer de citar a curiosa participação da atriz Amanda Bearse como Amy (a chatíssima Mercy, do seriado UM AMOR DE FAMILIA); e do ator Stephen Geoffreys no papel de Evil Ed (lendário astro da comédia FÉRIAS DA PESADA, e que também desenvolveu carreira no cinema pornô gay!). Se você é um fã de terror e vampiros, este é um belo exemplo a ser admirado. Agarre o seu punhal/crucifixo, e seja bem vindo ao Fright Night baby! Nota 9.

Direção de Tom Holland.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Gremlins (1984)

O garoto Billy (Zach Galligan), ganha de presente, um exótico animal de estimação, de origem asiática, chamado Gizmo. Seu novo amiguinho, possui algumas regras importantes, que jamais devem ser quebradas: ele não pode ser molhado e nem alimentado em horários noturnos. Infelizmente, Billy acaba vacilando e descuidando de seu novo pet. Agora, como consequência maligna, seu amiguinho começa a reproduzir uma horda de monstros malevolentes e mal-intencionados, que pretendem dominar toda a pequena cidade. O conceito dos próprios Gremlins é intrigante e divertido, e Gizmo é uma das criaturas mais fofas da história do cinema. 


Enquanto, os primeiros 20 minutos do filme são um pouco chatos, o restante da história é uma loucura absoluta. Logo, você estará se divertindo tanto, que nem perceberá o tempo passar . Eu conheço Gremlins, desde tenra idade, e com certeza ele representa o melhor do termo nostalgia. O filme foi um sucesso, porque consegue produzir uma comédia e um horror de uma só vez, o que nem sempre é fácil (o melhor termo para isso, é "Terrir", um termo tosco, mas bem explicativo). 


A maioria dos filmes de terrir, carecem de humor verdadeiro (como a franquia "Ghoulies", que imitava a série Gremlins), mas, Gremlins é ao mesmo tempo engraçado e assustador. É cômico ver os Gremlins causarem danos, mas também causam medo - eles não são exatamente criaturas bonitas, e são bem bizarros também. No elenco ainda temos Corey Feldman (GOONIES) e a belíssima atriz Phoebe Cates (Picardias Estudantis), que abandonou a carreira para se dedicar a família. 


Podemos finalizar, dizendo que Gremlins merece a atenção, de qualquer pessoa interessada em ver um bom filme "de terror de comédia". Não é uma produção instigante, e nem vai mudar a sua vida, mas é um passeio bem divertido, que traz excelentes recordações. Nota 8,5.

Direção de Joe Dante.

quarta-feira, 13 de março de 2019

Tubarão (1975)

Quando um tubarão assassino, desencadeia o caos em um resort de praia, cabe a um xerife local, um biólogo marinho e um velho marinheiro, caçar a fera. Um dos grandes sucessos da história do cinema, "Tubarão" foi sem dúvida, um dos maiores marcos na indústria dos efeitos especiais e das cenas de suspense. Existem vários momentos icônicos aqui, como a cena da jovem magrinha, mergulhando no escuro com seu amigo. Você sabe a tragédia que vai acontecer, com a bóia se mexendo no fundo, e isso causa verdadeiros arrepios. O diretor Steven Spielberg soube oferecer, o puro terror aos telespectadores. TUBARÃO realmente prende o telespectador na tela, com o trio de caçadores de tubarão, que se aventuram para tentar capturar o mostro assassino. 


A partir daqui, você começa a fazer parte dessa odisséia. Você teme por eles, fica excitado e tem medo do que acontecerá a seguir. Quando a linha de pesca começa a girar, nossos corações começam a bater mais forte. A dinâmica do relacionamento de Richard Dreyfuss, Roy Scheider e Robert Shaw, funciona de forma brilhante. As diferenças pessoais de seus personagens são significativas, e isso acaba colocando eles no caminho errado, a desrespeitarem um ao outro e a acabar um com o outro; mas no final, eles estão lá pelo coletivo, e desenvolvem um laço que eu acho que surpreende a todos. 


Quando as coisas começam a se desenrolar, sua torcida vai para o trio, e o confronto é o único caminho a seguir. Eles têm a luta de suas vidas nas mãos, onde sua bravura deverá ser ilimitada. Nós todos admiramos tudo isso! Um filme lendário, e que agradeço por ter visto e apreciado. 


Não podemos deixar de elogiar, o trabalho do tradutor brasileiro, afinal, o nome original do filme é JAWS (o que significa mandíbulas em inglês), é claro que "Tubarão" é bem mais chamativo e atrativo, e o acréscimo da palavra assassino ao lado, foi o responsável por atrair um número maior de telespectadores. Um dos momentos mais brilhantes do cinema. Nota 10. 

Direção de Steven Spielberg.

Casa do espanto (1985)

Roger Cobb (William Katt) é um veterano do Vietnã, cuja carreira como romancista de horror piorou, quando seu filho Jimmy (interpretado pelos gêmeos Erik e Mark Silver) desapareceu misteriosamente, enquanto visitava a casa de sua tia Elizabeth (Susan French). A busca de Roger por Jimmy, destruiu seu casamento e sua carreira de escritor. A morte súbita de sua tia, traz Roger de volta para a mansão, onde seus pesadelos começaram. Os zumbis bizarros da casa, obrigam Roger a suportar uma jornada angustiante, envolvendo seu passado. Agora, ele deve partir em uma missão de resgate perigosa, dentro de uma dimensão assustadoramente desconhecida. 


Este é um filme que não é tão bem lembrado agora, mas foi um sucesso considerável no momento em que foi lançado, além de ter gerado três sequências. Ele apresenta performances muito boas de William Katt como Roger, e George Wendt como seu vizinho amigável. Ambos têm um bom timing cômico e funcionam bem juntos, enquanto Katt tem que receber crédito extra, por ainda ser capaz de atuar usando o suéter com decote em V, dos anos 80. 


Há também muitos efeitos bons e maquiagem, para os vários demônios que atormentam a casa, incluindo um monstro tosco no armário, que realmente assusta qualquer telespectador. Além disso, foi uma ideia interessante, combinar o filme, com o episódio da Guerra do Vietnã, dentro de um cenário de casa assombrada e arrasada. 


Em última análise, HOUSE é um filme divertido, mas não é um filme essencial. Não possui nenhum diferencial para produções do mesmo período, porém, possui o mais importante: oferece 90 minutos de diversão para nós (há vários monstros de látex, por aqui), os fãs do gênero Trash oitentista. Nota 8,5.

Direção de Steve Miner.

terça-feira, 12 de março de 2019

A Vingança do Espantalho (1981)

Em uma pequena cidade do interior, o personagem Bubba Ritter (Larry Drake, lendário falecido artista, que também atuou em KARATE KID e DARKMAN) sofre de distúrbios cognitivos, fazendo ter a mentalidade de uma criança. Ele também é o melhor amigo, de uma jovem garota local. Quando a garota atravessa o quintal de uma casa e é atacada por um cachorro, ele a salva, mas é erroneamente acusada de matá-la por sua mãe. O carteiro Otis P. Hazelrigg (Charles Durning) se une a outros três vigilantes, e acabam executando o pobre homem, que estava disfarçado de espantalho, em um milharal. 


Eles falsificam algumas evidências de que Bubba os atacou, e vão a julgamento, sendo declarados inocentes. Eles são libertados, mas a justiça vem da sepultura, e os homens são misteriosamente mortos, um por um, na vingança do terrível espantalho! Frank DeFelitta, que também escreveu a novela "Audrey Rose", é responsável por essa fantasia de terror de 1981. O filme começa com uma misteriosa placa de crédito, em um cenário de moinho cor pastel, e é nesse momento que ouvimos inicialmente, sua inesquecível  trilha sonora. 


Alguns anos depois de ver este clássico pela primeira vez, ainda posso recordar na minha cabeça. A produção logo progride para o seu enredo, inegavelmente inteligente, que não vou me incomodar em descrever em detalhes, como isso foi feito por revisores anteriores. A atmosfera é quase insuportavelmente de suspense às vezes, e o fato de nunca vermos uma imagem clara do suposto assassino, aumenta o arrepio. Charles Durning proporciona uma de suas melhores performances como o carteiro egoísta e provinciano, que é perseguido por um assassino vingativo. 


Tudo é muito tenso, se você puder suportar o susto, observe com muito cuidado no final. Não vou contar o que acontece, mas é intrigante como eles combinaram emoções como choque, medo e amor em apenas "dois tiros". Observe e veja o que quero dizer. Este filme é recomendado, para se ver sozinho, tarde da noite, isso, se você for capaz é claro. Nota 8.

Direção de Frank de Felitta.