Para quem não conhece, o termo "boca do lixo", se refere a uma região do centro da cidade de São Paulo, localizada no bairro da Luz. Notabilizou-se por ter abrigado um pólo cinematográfico desde a década de 1920, quando empresas como a Paramount, a Fox e a MGM se instalaram na região. Nas décadas seguintes, essas companhias atraíram distribuidoras, fábricas de equipamentos especializados, serviços de manutenção técnica e outras empresas do ramo cinematográfico para as redondezas.
Entre o fim dos anos 1960, e o começo dos anos 1980, a Boca do Lixo tornou-se um reduto do cinema independente brasileiro, desvinculado dos incentivos governamentais. Alguns cineastas, como Carlos Reichenbach, Luiz Castelini, Alfredo Sternheim, Juan Bajon, Cláudio Cunha, Julio Bressane, Rogério Sganzerla ou Walter Hugo Khouri, tinham clara proposta autoral em seus filmes, mas a produção da Boca ficou mesmo caracterizada pelos filmes baratos e que tinham forte apelo sexual. Sobre o filme aqui citado - Fiscalização sanitária aparece em hospital suspeito de corrupção e atos ilícitos. Mas, ao chegar no prédio, acaba encontrando algo bem pior e repugnante. Em meio as orgias sexuais que ocorrem no local, um grupo tentará desmontar este esquema e prender a quadrilha.
Boca do lixo pura do cinema nacional, que inclui cenas bizarras de sexo em cenários repugnantes, incluindo até um açougue. Com Osvaldo Cirillo, Sandra Midori e Andrea Pucci. Direção de Rajá de Aragão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário