segunda-feira, 22 de julho de 2019

Mil Séculos Antes de Cristo (1966)

O homem das cavernas Tumak (John Richardson), é banido de sua tribo selvagem. Ele encontra um novo lar, entre um grupo de gentis habitantes das cavernas do litoral, até que ele seja banido de lá também. Sentindo falta dele, uma de suas mulheres, Loana (a musa Raquel Welch - LEGALMENTE LOIRA), vai embora com ele, decidindo enfrentar o mundo pré-histórico, com seus monstros e vulcões assustadores. Este clássico é tudo que uma aventura pré-histórica deveria ser. Esqueça o fato de que os dinossauros e o homem não coexistiram, isto é apenas um detalhe insignificante. A narrativa é direta e primitiva, condizente com o cenário. 


John Richardson está muito bom e decente, e ainda tem muita barbaridade nele. Quanto à jovem Raquel Welch, nem mesmo os efeitos especiais de Ray Harryhausen poderiam ofuscar sua incrível beleza. Até em nosso tempo atual, garotas lindas como essas são raras ... elas jamais existiriam no mundo da antiguidade. A deslumbrante Raquel é puro colírio para os olhos, e é a mais bem sucedida neste aspecto, do que qualquer outra atriz na história do cinema. 


Um dos destaques é a sua briga de gato com a sensual Nupondi (Martine Beswick), sem precisar do auxílio do departamento de looks. Portanto, este é uma produção muito boa, melhor do que a sequência "QUANDO OS DINOSSAUROS DOMINAVAM A TERRA, 1970". Os monstros, as atrizes e a história são ótimas. A linguagem do homem das cavernas, dificulta às vezes, entender o que está acontecendo, mas dou crédito ao diretor por ser criativo neste ponto. 


Qualquer um pode ver este filme, independente da idade, é divertido de várias maneiras, mesmo sem a coerência de um bom roteiro. Nota 8,5.

Direção de Don Chaffey.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Garotas da SS (1977)

Filme italiano, do gênero Nazi exploitation. Autoridades nazistas de alto escalão, com a intenção de erradicar traidores que planejam derrubar seu líder, recrutam e treinam um grupo de belas prostitutas, cuja missão é usar todos os meios necessários, para descobrir conspirações contra o Führer. Dirigido por Bruno Mattei, diretor associado a sub-produções do cinema italiano/pseudo-americano. Ele fez alguns clássicos, agradavelmente divertidos, como a bobagem pós-apocalíptica RATS (1984). SS Girls não está no mesmo nível disso, na verdade é um esforço razoável, dentro de um gênero medíocre em geral. 


O principal problema, é a grande quantidade de cenas entediantes de soft-core, e a ausência da violência lasciva, para animá-lo. Existem alguns personagens interessantes, um deles é Frau Inge (Marina Daunia), sádica e má; Hans Schellenberg (Gabriele Carrara), outro vilão e um dos mais cruéis da história cinematográfica; Madame Eva (Macha Magall), está bela e fatal etc.


A produção apresenta uma série de cenas eróticas, com toneladas de nudez feminina frontal, e a ocasional cena sádica com chicotadas. Infelizmente, tudo isso logo se torna uma coisa muito cansativa, e o filme rapidamente perde a vibração de seus momentos anteriores. Um último ato, no qual quase todo mundo se mata, depois de ouvir falar da morte de Hitler, garante, pelo menos, algum valor de culto ao filme, mas no geral, como na maioria das produções sobre nazistas, falta sempre qualidade ao resto do conteúdo. 


Claramente, os produtores não tinham a mesma quantia de dinheiro para gastar em design de produção e bons atores aqui, e seu diretor era conhecido por trabalhar essas limitações a seu favor, freqüentemente cruzando o limite do grotesco. Ainda assim, é curioso e recomendável para amantes do trash em geral. Nota 7,5.

Direção de Bruno Mattei.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Invasão das Mulheres Abelhas (1973)

"Uma poderosa força cósmica, está transformando as mulheres da Terra, em abelhas-rainhas-assassinas-de-homens, através do excesso físico durante o ato sexual. O agente do governo W. Smith (Neil Agar) vai a Peckham, na Califórnia, para investigar a morte de um pesquisador da Brandt Research, que está presente em um incidente, com uma alta contagem de mortes, todas provocadas por exaustão." Observando algumas dessas mortes, não há nada de muito assustador sobre elas, apesar de toda propaganda que se divulga por ai. O filme todo parece trabalhar muito em cima de exageros. 


Isso é crédito para o roteirista Nicholas Meyer, que escreveu vários textos para JORNADA NAS ESTRELAS. O roteiro de Meyer é absurdo às vezes, mas ele, junto com o diretor, são capazes de mantê-lo em um ritmo de total ausência de realidade, misturado a sensualidade exacerbada. O orçamento aqui é um pouco maior, do que em muitos filmes dessa época, apesar das limitações óbvias. A sala da colméia de abelhas, ficou impressionante, bem  como, algumas das maquiagens de "abelhas". 



Anitra Ford está linda, no papel da Dr. Susan Harris, mas ela não é nada, perto da atriz italiana Victoria Vetri (O BEBÊ DE ROSEMARY), interpretando Julie Zorn. Todas as outras atrizes estão igualmente  belas (tenho certeza que isso é uma preocupação séria, para os espectadores de produções como esta).


"Invasão...", é um daqueles filmes, realmente divertidos dos anos setenta, que mistura terror e erotismo, com outros elementos de ficção científica, criando mais uma pérola do gênero, apesar de suas óbvias deficiências cinematográficas. Vale a pena não só por ser um bom filme B, mas também pela distração e até certa complexidade em alguns momentos. Nota 8,5.

Direção de Denis Sanders.