quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

O Massacre da Serra Elétrica 3 (1990)

O Massacre da Serra Elétrica 3 (1990). A história do primeiro filme, praticamente se repete. O casal Michele e Benny (Kate Hodge & William Butler) se depara com um atendente de posto de gasolina pervertido, que os ameaça portando uma espingarda. Eles fogem para um caminho deserto no Texas em busca de ajuda, mas só encontram um clã canibalista, interessado em se servir de carne fresca. O primeiro episódio da franquia é clássico. O segundo foi completamente diferente em estilo, mas tinha bastante sangue e insanidade. 


Este aqui parece uma versão diluída do primeiro filme. Algumas cenas são decentes, como o vilão Leatherface (R.A. Mihailoff) espreitando as pessoas na mata, armado de sua motosserra. O diretor original de "Massacre...", Tobe Hooper (POLTERGEIST; FORÇA SINISTRA), não teve nada a ver com esta película, dessa forma, fica claro entender porque a produção ficou abaixo da média. 


O filme é mal iluminado e às vezes tende a se parecer com um filme tosco, feito para a TV. Ele desiste já na sua metade, de suas intenções perturbadoras, aparentemente demonstrando sua total inépcia. É um estranho híbrido de horror/ação, bem abaixo do esperado. O que mais me surpreende, é o fato de ter sido proibido em alguns países, mesmo não tendo excesso de violência em suas cenas.


Vale a pena assistir, se você realmente ama os dois primeiros filmes da franquia, e não se importa com um episódio que não seja tão bom e nem tão clássico. Nota 6.

Direção de Jeff Burr.

Colheita Maldita (1984)

Colheita Maldita (1984). Franquia de sucesso escrita por Stephen King e estrelada pela dupla Linda Hamilton (EXTERMINADOR DO FUTURO) e Peter Horton (VIDA DE SOLTEIRO). Um garoto chamado Isaac (John Franklin), que atua como pregador-religioso-satânico, vai para uma cidade em Nebraska chamada Gatlin. Lá, usando seu poder de hipnose sinistra, ele faz com que todas as crianças matem os adultos da cidade. Um jovem casal, depois de testemunhar um assassinato, resolve procurar a cidade mais próxima (Gatlin) em busca de ajuda, mas a mesma parece deserta. Eles logo ficam presos lá, com poucas chances de saírem vivos. 


Exemplo clássico, daquele filme muito mais assustador quando se é criança (afinal de contas, temos crianças assassinas por aqui). É claro que está longe de ser um filme ruim, e eu recomendo a apreciação de toda a franquia. Ele tem seus momentos, Isaac e Malachai ainda são bem assustadores (ambos interpretados por John Franklin e Courtney Gains). 


A trilha musical com as crianças cantando, também é um efeito misterioso. A cena do café, e os rituais no milharal, são os destaques do filme, coisas bem horríveis. O resto é praticamente normal. Peter Horton e Linda Hamilton, são muito bons como o jovem casal tentando escapar das crianças assassinas. Temos também, a aparição do ator R.G. Armstrong (ator de clássicos como EL DORADO, ao lado de John Wayne) como Diehl, fazendo um belo papel. 


A produção é uma adaptação "livre" de um conto de Stephen King, mas as seqüências são apenas equívocos com a obra de King. Então não se incomode muito com isso. O filme era figurinha fácil na sessão de filmes do SBT, "Cinema em casa", nos anos 80/90, ainda viva em nossas memórias. Nota 8.

Direção de Fritz Kiersch.

sábado, 19 de janeiro de 2019

Criaturas (1986)

Filme de terror/Ficção científica estilo "Sessão da Tarde". Oito alienígenas peludos e assassinos escapam de uma prisão de segurança máxima no espaço. Eles pretendem invadir a Terra para comer qualquer coisa viva. A família Brown (Dee Wallace Stone, Billy Green Bush, Scott Grimes e Nadine van de Velde) está sendo atacada dentro de sua própria casa de fazenda. Os únicos que podem ajudar a família, são os caçadores de recompensas (caras cafonas e cabeludos no melhor estilo PRINCE) vindos de outra dimensão. 


Dirigido por Stephen Herek (Bill & Ted), este filme foi um pequeno sucesso de bilheteria e classificado como cult. Também tem no elenco M. Emmet Walsh como xerife, Terrence Mann como o caçador espacial e Don "Keith" Opper como Charlie. Não podemos esquecer Billy Zane, fazendo uma pequena participação no papel de Steve. 


A versão moderna em DVD, inclui um final alternativo e alguns recursos ocultos em comparação com o VHS. "Critters" é tão divertido como "Gremlins", apesar do baixo orçamento em comparação com seus similares. Escrito pelo diretor e por Domonic Muir. Robert Shaye (o então fundador da "New Line Cinema") produziu o filme. 


Uma bela e divertida produção, e que ainda vale a pena ser vista e comentada, gerando mais três sequências de relativo sucesso. Nota 8.

Dirigido por Stephen Herek.

A Profecia (1976)

Suspense/Horror estrelado por dois astros da época, Gregory Peck e Lee Remick. Robert (Peck) e Katherine Thorn (Remick) são um típico casal de classe média alta. Ele é embaixador dos EUA na Grã-Bretanha, e aparentemente tem uma vida perfeita. Quando sua esposa  Katherine sofre um aborto, Robert é abordado por um misterioso padre no hospital, que sugere a ele, a adoção de um recém-nascido saudável chamado Damien (Harvey Stephens), cuja a mãe desconhecida acabou de morrer no parto. 

Sem pedir autorização de sua esposa, ele concorda. Depois de se mudarem para Londres, eventos estranhos, aliados aos avisos ameaçadores de um religioso - o levam a acreditar que a criança que ele tirou daquele hospital italiano, sofre de algum tipo de maldição que atinge todos a sua volta. O primeiro e melhor da série de filmes sobre o filho do diabo, uniu um grande elenco: Gregory Peck, Lee Remick, David Warner, Patrick Troughton e Billie Whitelaw, além de Harvey Stephens, em uma excelente performance como a criança maldita. 


As mortes que a maioria dos personagens sofrem são criativas e, em alguns casos, memoráveis ​​por muitos anos depois de ver o filme - dando a oportunidade para alguns efeitos visuais incomuns e marcantes. Os outros episódios da série, infelizmente são ruins em comparação com este, mas podemos dizer facilmente que "The Omen", é o melhor suspense de terror da década de setenta. 


Era exibido constantemente na sessão de filmes CORUJÃO, da falida e decadente Rede Globo de televisão. Nota 10. 

Direção de Richard Donner.

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Noite Alucinante: A Morte do Demônio (1981)

The Evil Dead. Liderados pelo jovem Ash, (Bruce Campbell, grande ícone do terror trash oitentista) cinco estudantes universitários resolvem passar as férias em uma floresta, dentro de uma cabana remota. Um livro e uma fita de áudio são descobertos no porão, e uma maldição é liberada quando os encantamentos são lidos em voz alta. Os amigos se vêem impotentes, para deter o mal que os persegue de forma implacável, com apenas Ash de sobrevivente. Desesperado, ele tenta lutar para viver até a manhã do dia seguinte. É realmente um filme horrível. 


Você sente pena dos personagens. Eles estão presos na cabana com demônios bem sádicos. A floresta em si "está viva" e não há saída. É um dos grandes horrores ao lado de "A profecia/The Omen", "Massacre da Serra Elétrica" e "Hora do pesadelo". A cena mais assustadora é ver as meninas sendo possuídas pelos espíritos. A outra cena é quando o demônio está preso no porão - você realmente torce para que ele não saia dali tão cedo. As melhores produções de terror são aquelas em que os personagens estão em situações de desespero, sem saída fácil. 


The Evil Dead - é um desses filmes. Certifique-se de assistir a ele durante o dia. Pessoas sensíveis devem evitá-lo. "A morte do Demônio" ainda gerou mais duas continuações de sucesso. Importante ressaltar também a dupla Campbell e Raimi, ambos se tornaram conhecidos em seus meios. 


Campbell estrelou e produziu diversos filmes (FUGA DE LOS ANGELES foi um deles), já Raimi dirigiu clássicos como HOMEM-ARANHA e DARKMAN. Evil Dead é e sempre será, um exemplo de película de baixo-custo, feita com coragem, criatividade e passionalidade. Nota 10.

Direção de Sam Raimi.

Brinquedo Assassino (1988)

Brinquedo Assassino (1988): Ferido mortalmente, o bandido Charles (Brad Dourif) precisa escapar do policial Mike Norris (Chris Sarandon). Antes de morrer, ele realiza um ritual vodu e transfere sua alma para um boneco "bonzinho", de brinquedo, conhecido como Chucky. Sem perceber, um menininho chamado Andy Barclay (Alex Vincent) o recebe de presente de sua mãe (Catherine Hicks), e será seu novo dono. Andy confia em Charles "Chucky" enquanto brinca, mas mal sabe ele que o boneco maldito comete inúmeros assassinatos sem levantar suspeitas. 


Eu vi esse filme mais de vinte vezes e ainda é ótimo. "Child's Play" tem um grande conceito original (a alma de um serial killer dentro de um fantoche). Muitos choques, sustos, boa atuação e muita violência. A direção e edição são cuidadosamente bem feitas. Dá para ver porque este filme foi um sucesso tão grande em 1988. 


É anunciado como terror barato, mas é difícil categorizá-lo como tal. Especialmente pelos padrões dos anos 80. Não há adolescentes sem cérebro, nudez gratuita e nenhuma matança de corpos ridiculamente alta. Recomendo vivamente a qualquer espectador de mente aberta, que gosta de assistir filmes de horror. 


A cena do martelo na cabeça ainda me dá arrepios e pesadelos rsrs. Também tem no elenco a atriz Dinah Manoff (a inesquecível Marty, do clássico GREASE) no papel de Maggie. Ainda gerou uma série de continuações e filmes inspirados em personagens paralelos, como "A NOIVA DE CHUCKY". Nota 9.

Direção de Tom Holland.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Double Dragon (1994)

Filme de ação obscuro, inspirado em game de sucesso mundial. Passado ​​vários anos no futuro, na Califórnia pós-terremoto, onde San Diego e Los Angeles se fundem em uma cidade só, dois irmãos adolescentes - Jimmy (Mark Dacascos - ator e campeão mundial de artes marciais) e Billy Lee (Scott Wolf - NIGHT SHIFT, CSI NY), possuem a metade de um poderoso talismã chinês antigo. O milionário Koga Shuko (Robert Patrick - TERMINATOR 2) tem a outra metade, e decide usar seus capangas para pegar a parte que resta dos irmãos, obtendo o amuleto completo e o poder absoluto do Dragão Duplo. 


Para enfrentar esse exército maligno, os irmão contam com a ajuda de um grupo de jovens rebeldes, liderados pela bela garota loira Marian (Alyssa Milano - COMMANDO). Eu serei justo, há poucos pontos positivos no filme, mas eles são extremamente triviais. Um deles é a pintura usada nos cenários da cidade devastada pelo terremoto, elas são bastante agradáveis ​​e adicionam um pouco de atmosfera. 


O segundo é Mark Dacascos, um ótimo artista marcial e um ator decente também. Em terceiro lugar e, finalmente, é Robert Patrick, que genuinamente parece estar se divertindo em cena. Quando ele aceitou esse papel, o Sr. Patrick estava desesperado por trabalhar, ou não se importava com papéis constrangedores, eu suspeito que seja o último porque ele parece ter muita alegria em atuar no filme. A sensação que se tem, é que tentaram fazer aqui uma versão moderna do clássico WARRIORS, SELVAGENS DA NOITE....com tecnologia, mas sem um roteiro cativante. 


De resto podemos dizer que temos uma grande e fumegante pilha de besteiras, que praticamente não tem nenhuma semelhança com o grande jogo produzido pela TECHNOS em que se baseia, e é um exemplo absolutamente terrível de produção cinematográfica em si. Têm um grande elenco (ainda temos as belas Kristina Wagner e Julia Nickson) mas que não funciona na prática. Serve mais como nostalgia mesmo. Nota 7.

Direção de James Yukich.

O Vingador Tóxico (1984)

Franquia de filmes-trash de baixíssimo custo. Esta é a história do nerd Melvin (Mitch Cohen - ele continua atuando até os dias recentes, mas ficou eternamente preso a esse personagem), o faxineiro do Clube Fitness de Tromaville, que ingenuamente confia nos membros hedonistas, debochados e vaidosos deste clube, a ponto de acabar caindo "acidentalmente" em um tanque de lixo tóxico. Os resultados são devastadores, tendo um efeito de trans-personificação alienígena: seu alter ego é liberado, e o Vingador Tóxico nasce, para consequências mortais e cômicas. 


O faxineiro local é agora o super-herói nacional, salvador da corrupção, dos valentões e da injustiça. Ele também se apaixona por uma linda mulher cega chamada Sarah (Andree Maranda - outro exemplo de atriz que ficou presa a este filme), mas os bandidos da cidade, especialmente o perverso Prefeito Belgoody (Pat Ryan Jr. - o lendário Frank do clássico STREET TRASH), quer ele morto a qualquer custo. Produzido pela Troma classic, conta com bons efeitos de maquiagem e animações. 


Uma comédia de terror brilhantemente divertida e ensanguentada, que se tornou a referência da Troma, lendário estúdio independente. Sim, a atuação é risível e a produção um pouco cafona, mas isso não é empecilho! foi originalmente dado uma classificação "X" por sua extrema violência e gore, mas o filme se tornou um dos maiores "cults" de todos os tempos. 


É definitivamente feito para aqueles com um estômago forte e senso de humor ácido. Ainda gerou mais três episódios e um musical. Não é terror, é terrir!. Nota 8.

Direcão de  Michael Herz, Lloyd Kaufman.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Blacula - O vampiro negro (1972)

Blacula - O vampiro negro (1972). Blacula é a história de Mamuwalde, um príncipe africano. Em 1780, depois de visitar o Conde Drácula, Manuwalde é transformado em um vampiro e trancado em um caixão. Alguns séculos depois, em 1972, dois colecionadores de antiguidades transportam o caixão para Los Angeles. Os dois homens abrem o caixão e soltam Blacula (William Marshall) na cidade. Blacula logo encontra Tina (Vonetta McGee), que é sua esposa, reencarnada no corpo da personagem Luva,  e faz de tudo para conquistar seu amor. 


O amigo de Tina, Dr. Gordon (Thalmus Rasulala), descobre que Blacula é um vampiro e resolve o perseguir. Basicamente, esta é a história de Drácula atualizada para os dias modernos, com elementos de blaxploitation (movimento de cinema feito para o público negro) para torná-lo distinto, de outras filmes da época. 


Como uma paródia, funciona muito bem, com Blacula se destacando por suas ações. Há boas atuações de Marshall e Rasulala como duas peças opostas, e um monte de diálogos por toda parte, como o slogan de um personagem "Esse é um cara estranho". 


Os efeitos especiais são bem compostos até, como o vampiro se transformando em um morcego animado, e a dissolução de seu corpo no final, lembrando as típicas mortes dos filmes da Hammer. Enquanto alguns tratam este clássico cult como nada espetacular, posso dizer que ainda sim, é um pedaço essencial do caos cinematográfico da década de 70. Nota 9.

Direção de William Crain.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Fantasma (1979)

Fantasma (1979). Também conhecido como NOITE MACABRA ou FANTASMA DA NOITE. Mike (Michael Baldwin), um jovem adolescente que acaba de perder seus pais e com medo de perder seu irmão Jody (Bill Thornbury), o segue para um funeral. Lá, ele testemunha um homem alto e grisalho (Angus Scrimm) levantando um caixão sozinho. Mike decide investigar e descobre que o Homem Alto, protegido por suas assassinas esferas voadoras, está manipulando os corpos mortos a metade de seu tamanho normal, e reanimando-os como escravos. 


Cabe então a Mike, seu irmão, e o sorveteiro Reggie (Reggie Bannister), deter este bizarro homem Alto. "Fantasma" é um daqueles filmes em que você tem que olhar além das restrições de um filme de horror/ficção, para encontrar o verdadeiro talento subjacente. 


A produção sofre com uma atuação simplista, uma ingenuidade clássica dos personagens da década de 1970, efeitos especiais improvisados ​​que não funcionam direito, trilha sonora que poderia muito bem ser uma série de arquivos MIDI, e um enredo que é praticamente incoerente.; no entanto, ele mantém um certo charme original e desenvoltura, que os filmes de orçamento maior freqüentemente não têm. Muitos anos depois, seu diretor Don Coscarelli foi consagrado como um mestre do terror, e o ator Angus Scrimm um ícone do horror (embora em menor grau do que, digamos, Robert Englund - Freddy Kruegger). Apesar do enredo soar bobo, a execução real dessa ideia, deixa claro por que esse filme realmente triunfou na história e gerou mais quatro sequências (todas estreladas por Scrimm). Esta produção captura a sensação do horror do final dos anos 1970 e início dos anos 80, com o jovem rapaz tropeçando em uma trama de proporções grandes e sinistras. 


Suspense voltado para os jovens de uma geração que tinha nos filmes, uma grande inspiração e fonte de entretenimento, coisa que hoje, já não faz tanto sentido pelo excesso de tecnologia disponível por ai. Nota 8.

Direção de Don Coscarelli.