Franquia trash, de grande sucesso. Um jovem rapaz e sua namorada, se mudam para uma antiga mansão. Lá, o jovem fica fascinado pela vontade de controlar antigos demônios. Quando criança, Jonathan Graves (Peter Liapis) é retirado de seu pai, Malcolm (Michael Des Barres), o líder de um culto à magia negra, quando Malcolm quase sacrifica Jonathan em um ritual. Muitos anos depois, Jonathan descobre que seu pai faleceu e ele herdou uma grande casa, que agora está em condições precárias. Ele se muda para lá com sua namorada Rebecca (Lisa Pelikan), e logo depois começa a agir estranhamente, seguindo os passos do maligno pai. Se você é fã de filmes extravagantes, Ghoulies é uma boa pedida.
Todos os outros provavelmente deveriam evitar esse filme. Esta é uma produção de Charles Band, conhecido por filmes bem duvidosos. Estamos quase no território da produtora Troma aqui, mas Ghoulies ainda é bem superior do que a produção típica da Troma. Ghoulies apresenta a maioria dos clichês de terror da metade dos anos 80, ou seja: cabelos grandes, minissaias apertadas, gravatas finas, uso de drogas recreativas e assim por diante. Também temos a típica alta contagem de mortos, embora nesse caso, vale a pena notar que o escritor/diretor Luca Bercovici, introduz uma "reviravolta" perto do final, que diminui significativamente os assassinatos.
Peter Liapis é o foco do filme, seu absurdo exagero, ocupa a maior parte do tempo na tela. Ainda assim, apenas a breve presença de dois servos demoníacos, Grizzel e Greedigut, por si só, faria de Ghoulies um clássico. Isso, sem nem mencionar os outros adereços ridículos, que são obviamente bonecos e "peças mortas" (Charles Band parece amar fantoches), e foram o começo, de uma tentativa de lucrar com o sucesso da série Gremlins. Nós também temos zumbis, uma batalha de feiticeiros, óculos de sol como um grande dispositivo, bonecos malignos, um ataque com uma língua de 1,5 metro de comprimento e algum subtexto homoerótico provavelmente não intencional.
Note que, enquanto Ghoulies é rotulado de "comédia/horror", é muito improvável que tenha sido planejado para ser uma comédia de alguma forma. Mesmo se o produtor aplicasse o rótulo ao filme antes do lançamento, provavelmente era porque até ele percebeu como o filme era ridículo. De qualquer forma, ainda há muita diversão por aqui. Nota 8.
Direção de Luca Bercovici.