domingo, 30 de junho de 2019

Sangue no Sarcófago da Múmia (1971)

Uma expedição arqueológica, traz de volta a Londres, o caixão de uma rainha egípcia, conhecida por seus poderes mágicos. Seu espírito retorna na forma de uma bela jovem, mas coisas estranhas começam a acontecer. No elenco temos James Villiers, como Corbeck, um vilão suave e sagaz; Andrew Keir em uma boa performance como o sombrio Fuchs; enquanto George Coulouris (Berigan) e Hugh Burden (Dandridge) são ambos muito bons em retratar personagens perturbados. A alta e elegante Valerie Leon, é perfeita, com a beleza e a qualidade onírica necessária para o duplo papel da bela Margaret/Tera. O cenário parece ser moderno, mas o tom e a sensação dele são eduardianos. 


O diretor principal Seth Holt morreu durante os últimos dias de filmagens, então o produtor Michael Carreras teve que finalizá-lo, com as cenas no asilo, e que  estão entre as mais impressionantes. Fãs atuais de terror, provavelmente vão achar este filme incrivelmente antiquado, mas se você está cansado do centésimo filme sobre Jason/Freddy, ou mais um filme asiático de espíritos, dê uma segunda chance para "Sangue...". 


Talvez o único elemento que falta é o humor, mas ao assistir o filme você não perceba isso; seria legal se houvesse um tom mais cômico, mas ainda assim, é muito agradável de se apreciar. "Sangue..." é o quarto e último filme da franquia "The Mummy", da produtora Hammer Horrors, e se destaca dos demais por ter uma bela atriz (a inglesa Valerie Leon), no lugar de uma múmia feita de trapos. 


Recomendado para os amantes de produções de terror inteligentes, e de atmosfera exótica. Nota 8,5.

Direção de Seth Holt.

terça-feira, 18 de junho de 2019

O Rei dos Kickboxers (1990)

Kahn (Billy Blanks) é um campeão peso-pesado, que muitas vezes mata seus oponentes na frente da câmera, para promover a venda de fitas de vídeo. Jake (Loren Avedon) testemunhou seu irmão ser morto por ele, e agora deseja se vingar. Mas primeiro ele precisa melhorar suas habilidades de luta; ele pede conselhos a Phang (Keith Cooke), a única pessoa em todo o mundo que já sobreviveu a Khan, para treiná-lo até que ele seja páreo para o assassino. O enredo é perfeito - simples e limitado. A maior parte do script é dedicado às cenas de ação, enquanto o resto da trama é interrompida para ajudar na construção dos personagens, desenvolvendo sentimentos para e sobre eles. 


O filme todo parece um videogame. O protagonista enfrenta seus inimigos e trabalha/evoluindo até alcançar quem é o cara mau, e o derrota. O bandido até tem seu próprio movimento de finalização, que o herói deve procurar se esquivar. Este é de longe o melhor filme de luta de todos os tempos, e eu já vi milhares deles. "O Rei..." foi outra coprodução dos EUA-Hong Kong da N.G./Seasonal Films. Como a maioria das produções da N.G., seus filmes de kung-fu costumam ser bregas, com uma forte dose de alta energia. Esse é o lado bom dessa produtora. 


Eles nem tentam ser sérios ou elevar o material de origem. Aqui não é exceção. Ele é preenchido com muitas referências ao Kickboxing (termo muito usado nos anos 80, e que agora está em desuso) e paródias de outras produções. 


Os cineastas e os atores parecem estar se divertindo muito fazendo ele. Então sente-se e relaxe. Filmes como estes já não são mais produzidos e nós sentimos muito a falta deles. Nota 8,5.

Direção de Lucas Lowen.

sábado, 15 de junho de 2019

Reformatório de Mulheres (1986)

Estrelando 3 musas dos filmes B americanos: Linda Carol (CRIMES DO DESEJO), Wendy O Williams (falecida roqueira e vocalista dos PLASMATICS) e Sybil Danning (HERCULES). A garota Jenny (Linda Carol) é enviada para uma escola-reformatório de mulheres. O local é dirigido pelo cruel diretor e sua mulher Edna (Pat Ast). Jenny terá um longo caminho até tentar escapar, porém ela também terá que lidar com "Charlie" (Wendy OW), a valentona. 


"Reform School Girls" é tecnicamente um filme estilo Women-in-Prison, mas não espere nada muito pesado/erótico como nos filmes de Jess Franco. O diretor Tom DeSimone quis dar um toque mais leve aqui, projetado para ser divertido e não ofensivo. Embora ele forneça a maioria dos ingredientes-padrão do trash/sexy americano - como lutas eróticas, cenas de duchas comunitárias, vestuário mínimo e abuso físico - tudo é feito de forma consciente e amenizada. 


As mulheres peitudas passeiam em seu dormitório em lingerie sexy, os detentos mais sujos e os membros da equipe são caricaturas grotescas, o diálogo é deliberadamente insípido ('Eu pensei que cheirava peixe'), e o enredo é tão extravagante quanto poderia ser. Sejamos sinceros: qualquer filme que tenha Wendy O. Williams (RIP), no topo de um ônibus, em rota de colisão com uma matrona sádica, gorda, com cara de espingarda, chamada Edna, jamais poderá ser levado a sério. 'Reformatório..." é um clássico cult, sobre prisões femininas (milhares de filmes com essa temática, foram feitos ao longo dos anos) e que é prazeroso de se assistir. 


Wendy O W está completamente hipnotizante, embora sua atuação seja muito ruim para dizer o mínimo. Ainda assim, o filme consegue entreter com sua premissa completamente inacreditável. Pat Ast e Linda Carol, fazem desse filme o que ele é, e afinal....por que Sybil Danning aparece na capa do DVD???, eu nunca vou saber, ela mal aparece no filme rsrs. Nota 7,5.

Direção de Tom DeSimone.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

A Maldição de Samantha (1986)

A família Conway se muda para uma nova cidade. O filho Paul (Matthew Labyorteaux) vai se juntar à universidade local, a pedido do Dr. Johanson (Russ Marin). Paul é um gênio em tecnologia, e construiu um robô que fala, pensa e interage, chamado BB. Paul faz amizade com os vizinhos Tom Toomey (Michael Sharrett) e com uma bela loirinha chamada Samantha Pringle (Kristy Swanson - BUFFY, A CAÇA VAMPIROS), cujo o abusivo pai violento, Harry (Richard Marcus), freqüentemente a agride.


Um dia, Paul e Sam (que estavam se conhecendo melhor), Tom e o robô BB estão jogando basquete, e a bola cai no jardim de sua vizinha rabugenta, Elvira Parker (Anne Ramsey, falecida atriz que também atuou em OS GOONIES, no papel da vilã Mama Fratelli), que não a devolve. No Halloween, os jovens invadem a casa dela, mas o alarme dispara e a vizinha atira no robô, que mesmo destruído, consegue preservar seu chip. Paralelo a isso, a garota Sam é assassinada pelo seu abusivo pai. 


Paul vai ao hospital, e decide então, tomar uma atitude ousada. Implantar na garota, o microchip de seu antigo robô. A esperança do rapaz, é que sua amada "retorne" a vida. O problema é que o plano dá certo, agora Samantha tem a força e a personalidade de uma máquina, será que isso trará boas consequências???... esse clássico, é mais um belo exemplo de produção mal compreendida. Muito parecido com SHOCKER (1989), este filme recebeu uma pésssima crítica na época. Nós todos sabemos que Wes Craven sempre produz sucessos ou filmes muito ruins, mas eu acho que esse é um dos seus êxitos. Pelo menos ele está tentando algo diferente. 


A atuação é medíocre, mas eu realmente gosto da história de um "Frankenstein moderno". A direção e os sustos, são fantásticos, e a cena da bola de basquete é incrível (há um pouco de gore aqui). Todos devem dar uma chance a bela "Samantha...". Pelo menos vai ver algo exótico, e acima da média. Nota 9,5.

Direção de Wes Craven.

sábado, 8 de junho de 2019

Ataque dos vermes malditos (1990)

Uma pequena cidade está gradualmente sendo engolida, por uma criatura estranha que elimina as pessoas uma a uma. Mas o que é essa criatura e onde ela está? Ao mesmo tempo, uma sismóloga está trabalhando na área e detecta estranhos tremores. O causador desse fenômeno está no subsolo, e pode "aparecer" sem aviso prévio. Presos em sua cidade, o povo da cidade não tem como escapar. Valentine Mckee (Kevin Bacon) e Earl Bassett (Fred Ward) são dois trabalhadores braçais, "presos" na pequena cidade sem futuro, em Nevada. Eles sonham em se tornar ricos, então decidem finalmente sair de lá. 


Porém, a descoberta de cadáveres de humanos e animais, os seguram por lá, por mais algum tempo. Há também a estrada, que foi bloqueada por um grande pedregulho. Para estudar a atividade sísmica estranha, é chamada Rhonda (Finn Carter), uma estudante de graduação que ajuda a chegar à conclusão de que tanto as mortes, quanto as vibrações estranhas no solo, estão conectadas. 


Vermes gigantes de 30 pés, quatro deles para ser exato, estão atacando os moradores em suas casas, incluindo o casal Burt e Heather Gummer (Michael Gross e Reba Mcentire). O resto do filme, se torna uma luta desesperada para enfrentar os vermes, e sair da cidade com vida. O que realmente faz o filme funcionar são os personagens: todos eles parecem pessoas reais, com muito carisma, e presos em uma situação insana. 


Apesar da limitação de elenco, temos Kevin Bacon e Fred Ward, que não permitem o tédio ao longo da trama. Mais um bom exemplo de produção de baixo custo, com efeitos especiais razoáveis e que ainda se tornou uma franquia de relativo sucesso, principalmente no período das video-locadoras. Nota 9.

Direção de  Ron Underwood.