sábado, 16 de novembro de 2019

Psicose 4 - A Revelação (1990)

Psycho IV: The Beginning. Norman Bates (Anthony Perkins) retorna para este episódio final, mais uma vez tendo problemas com sua figura materna (Olivia Hussey). Desta vez, ele é convidado a conversar com um apresentador de rádio, compartilhando suas antigas e pertubadoras memórias. Estaria Norman arrependido, e recuperado de seus transtornos? Eu gostei de como este filme mergulhou no passado conturbado de Norman Bates. Esse foi provavelmente o melhor aspecto dele. Anthony Perkins mais uma vez reprisa seu papel, depois de sofrer aquela horrível humilhação do terceiro episódio. Olivia Hussey interpreta de forma maléfica a mãe de Norman. 


O jeito que ela grita com ele e retira sua masculinidade é simplesmente horrível. Mas, no entanto, ela consegue permanecer humana em algumas cenas. Henry Thomas fez um bom trabalho ao interpretar Norman Bates na adolescência, mas seu desempenho carece do charme nerd e infantil, que Anthony Perkins tinha no filme original. Quanto ao resto dos atores, bem, a maioria deles não vale a pena mencionar. 


Exceto Thomas Schuster, que interpretou Chet Rudolph, o cowboy da meia-noite de Norman Bates. Seu personagem era muito arrogante e rude, aquele cara que você gosta de odiar. O tipo de homem que a mãe traria para casa e espera que você ligue para a polícia. O diretor Mick Garris não é Alfred Hitchcock. Ele também não é Richard Franklin. Mas ele consegue oferecer uma boa experiência à série PSICOSE. 


Não é tão bom quanto Psycho ou Psycho II, mas funciona bem, como o último episódio clássico da franquia. Infelizmente, o ator Anthony Perkins acabaria morrendo dois anos depois do lançamento do filme, vitima do HIV. Fica aqui, nossa homenagem a este monstro sagrado do cinema. Nota 9.

Direção de Mick Garris.

sábado, 19 de outubro de 2019

Os Pássaros 2 (1994)

The Birds II: Land's End. Um professor de biologia e sua família, decide passar um tempo em uma casa de veraneio, localizada em uma ilha. Neste local, ele pretende escrever uma tese importante, enquanto supera a morte de um de seus filhos. Enquanto eles estão lá, um grande bando de pássaros aparecem e começam a atacar humanos individualmente, sem motivo aparente. O prefeito da cidade (que também é o médico local) se recusa a acreditar que os pássaros são os responsáveis, ​​pela avalanche de ferimentos que estão ocorrendo. Porém, em pouco tempo, ele não tem outra opção, a não ser se defender destes mesmos pássaros que começam, a atacar grupos maiores de civis. 


Nós sabemos muito bem, que fazer qualquer "alteração" no trabalho de um gênio como Alfred Hitchcock, é praticamente impossível, porém a atuação dos atores que compõem a família do filme (Brad Johnson e Chelsea Field como Ted e May; e duas atrizes menos conhecidas como suas filhas) pelo menos compensam até certo ponto, um desdobramento cinematográfico ruim. A história da agressão de pássaros e as reações irracionais das pessoas ao inesperado, não muda neste roteiro. 


No entanto, as linhas de diálogos entre os personagens, principalmente com as pessoas da vila atacada, poderia ter sido muito mais inteligente. A única característica melhor do que a do filme original, foram as paisagens. Alfred Hitchcock concentrou-se no suspense, enquanto este filme tem tempo para se concentrar mais na estética. É certo que isso ainda não o aproxima de ser um clássico, mas ainda é bastante agradável. Outro ponto questionável, é que o diretor Rick Rosenthal (HALLOWEEN 2), resolveu usar um pseudônimo - Alan Smithee. 


Com base nisso, você não pode contar com uma boa direção - e eu certamente não culpo Rick Rosenthal por negar esta produção, afinal de contas, ainda estamos falando de um dos trabalhos do gênio imortal Alfred Hitchcock, sendo impossível quaquer comparação.....ainda assim, esta continuação (e não um remake!) diverte, e serve como curiosidade para fãs de terror, no geral. Nota 8,5.

Direção de  Alan Smithee.

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

A Volta dos Mortos-Vivos (1985)

The Return of the Living Dead. Franquia de baixo-orçamento e de grande sucesso nos anos 80. Funcionários desajeitados de um armazém químico, acidentalmente liberam um gás mortal no ar. Esses vapores tóxicos chegam até as pessoas  mortas,  que voltam a vida na forma de estúpidos zumbis, que acabam causando um grande tumulto por Louisville, Kentucky, buscando sua comida favorita, o cérebro dos vivos!. Muitos anos antes da internet, Tv-a-cabo e joguinhos de PC, "Return...'' nos apresentou zumbis velozes, que podiam correr, pular e trabalhar em grupo, atacando pessoas e fazendo disso uma atividade "tragicômica". Estes monstros não são nada lentos; eles falam, pensam e resolvem problemas. 


Os personagens adultos deste filme são bem mais interessantes, do que os adolescentes (a gangue teen, é bem fraca e clichêzinha para falar a verdade). James Karen (Frank) é absolutamente histérico em seu papel como o gerente do depósito médico, cuja irresponsabilidade desastrosa leva à liberação dos monstros. Clu Gulager (Burt) é um idiota corporativo estressado, que fará de tudo para salvar o nome e a reputação do armazém que possui. E Don Calfa (Ernie) está excelente como o agente funerário sombrio, que pode ou não ser um ex-nazista. 


O grupo de personagens é incompatível na trama, mas se reúne e forma um vínculo, revidando e ficando mais desesperado, à medida que os zumbis se tornam mais fortes. Este filme nunca desacelera, nem por um minuto. Não há cenas de explicação longas, nenhuma configuração chata, apenas "emoção-killig-zumbi", desde a primeira cena. 


É a homenagem perfeita aos filmes de Romero; não existe um final feliz aqui, apenas uma reviravolta irônica que fará sorrir até o mais cínico pessimista. Este filme já é um clássico cult e merece seu status, não foi um sucesso estrondoso como "Sexta-feira 13", ou a "Hora do pesadelo", mas conseguiu uma boa parcela de fãs, até os dias atuais. Nota 8.

Direção de Dan O'Bannon.

O Bebê de Rosemary (1968).


Rosemary's Baby. Rosemary e Guy (Mia Farrow e John Cassavetes), são casados e se mudam para um novo apartamento, cercado por vizinhos excêntricos e ocorrências estranhas. Quando a esposa fica "misteriosamente grávida", a paranóia sobre a segurança do bebê, começa a afetar a vida do casal. Com toda certeza, é uma das maiores produções de todos os tempos. A força do filme é o roteiro, que através da trama e do diálogo, implica e sugere. Somente perto do fim, descobrimos a verdade presumida. O suspense aumenta no final, enquanto Rosemary se aventura, no interior do apartamento diabólico, de seus vizinhos "do mal". A atuação é ótima, e reforça o roteiro bem elaborado. Gostei particularmente da atriz Ruth Gordon (no papel de Minnie), com seu comportamento e maneirismos excêntricos. 


O design de produção e especialmente os figurinos, são luxuosos e coloridos. Já as roupas e penteados, como seriam de esperar, são típicos da década de 1960. Os efeitos visuais são mínimos, e são usados ​somente ​para aprimorar a história. Dado o ponto de vista do filme, a trama é bastante subjetiva. Sua interpretação é baseada nas percepções, imagens e medos do personagem Rosemary. 


Pode-se dizer que ela sofre de delírios, ou, alternativamente, pode-se explicar que o que acontece é real. Está tudo na interpretação!. De qualquer forma, é um ótimo filme. Ele se mantém bem, mesmo quarenta anos depois. Causou uma revolução no cinema de terror/suspense da época, em um período onde os filmes de horror sofriam de uma certa ingenuidade, com excessos de "dráculas", e monstros de borracha com ziper nas costas. Ele também demonstra, um outro aspecto da cultura norte-americana, que já começava a preocupar as autoridades: o surgimento das seitas satânicas nos EUA, um problema que afetou bem o país, naquele período. 


Existe também uma "maldição" envolvendo os artistas participantes do filme. A atriz Sharon Tate (esposa do diretor na época; e que faz uma ponta não creditada), acabou sendo assassinada pouco tempo depois na vida real, pela seita diabólica, do maníaco Charles Manson. Mia Farrow teve inúmeros problemas pessoais em toda sua vida;  John Cassavetes morreu em circunstâncias misteriosas; e por fim, o ex Beatle John Lennon foi assassinado na frente do prédio, que serviu de locação para o filme, entre outros acontecimentos ruins. Coincidências a parte, trata-se de uma obra prima, digna de apreciação e que sempre habitará a lista das produções mais impactantes de todos os tempos. Nota 10.

Direção de Roman Polanski.

sábado, 21 de setembro de 2019

Poltergeist: O Fenômeno (1982)

Clássico do terror, verdadeiramente assustador e perturbador, do início dos anos 80. Uma família típica é visitada por fantasmas em sua casa. A princípio, os espíritos parecem amigáveis, movendo objetos pela casa para a diversão de todos. Depois se tornam desagradáveis, ​​e começam a aterrorizar a família, "sequestrando" a filha mais nova. O casal Steve (Craig T. Nelson) e Diane (JoBeth Williams) parecem levar uma vida normal. Ele é um agente imobiliário de sucesso, e ela é uma dona de casa amorosa. Eles têm três filhos saudáveis (Rob - Oliver Robins; Dana - Dominique Dunne (infelizmente, essa atriz foi assassinada na mesma época do lançamento do filme); e Carol - Heather O'Rourke), mas uma noite tudo isso muda lentamente. 


Carol Anne, a criança mais nova (a inesquecível Heather O'Rourke; infelizmente, ela também morreu, alguns anos depois, de problemas cardíacos, com apenas 12 anos) começa a conversar com espíritos invisíveis, através de uma estação de televisão embaralhada. Os pais não se preocupam muito com isso, até os móveis começarem a se mover por conta própria. No entanto, o verdadeiro terror começa, quando Carol Anne é levada para outra dimensão, pelo "pessoal da TV". Agora, paranormalistas liderados pela doutora Lesh (a bela Beatrice Straight) e pela desacreditada médium Tangina (a carismática atriz anã, Zelda Rubinstein), devem entrar nesse submundo espiritual, e tentar trazer Carol Anne de volta à sua família. Tobe Hooper, diretor mais conhecido por "Massacre da Serra Elétrica", altamente avaliado, fez um trabalho admirável aqui com a direção do filme. 


No entanto, há rumores de que Steven Spielberg participou, durante sua folga de "E.T", e fez a maior parte do trabalho. Isso faz mais sentido, pois o filme é realmente brilhante e inesquecível. 


Os efeitos especiais também são impressionantes, e "Poltergeist" acaba sendo uma daquelas produções que ficam com você, por um longo tempo, mesmo depois de assisti-lo pela primeira vez. Nota 10.

Direção de Tobe Hooper.

Lost Boys, Os Garotos Perdidos (1987)

Uma mãe e seus dois filhos se mudam para uma pequena cidade costeira, na Califórnia. O lugar é atormentado por motociclistas, e algumas mortes misteriosas. O menino mais novo (Corey Haim), faz amizade com dois outros garotos, que afirmam ser caçadores de vampiros, enquanto o rapaz mais velho (Jason Patric), é atraído para a gangue de motoqueiros, por causa de uma garota bonita. Michael começa a passar várias noites fora de casa, enquanto Sam começa a ter problemas por causa da obsessão de seus amigos. Mais um sucesso oitentisa, estrelando a dupla de Coreys (o Haim, e o Feldman). 


Com certeza, é provavelmente o melhor filme de vampiro daquele período, e com um elenco muito sólido (Jason Patric, Corey Haim, Kiefer Sutherland, Jami Gertz, Corey Feldman, Dianne Wiest, Edward Herrmann, Alex Winter, Jamison Newlander, e Barnard Hughes).  The Lost Boys é como o "Crepúsculo" do final dos anos 80. 


A diferença entre os dois, é que aqui se constrói uma trama "vampiro rock-n-roll cult", enquanto que Crepúsculo é só um filme bobo para meninas adolescentes. De qualquer forma, a produção é absolutamente linda, e o diretor Joel Schumacher soube como filmar cenas noturnas. Este filme é tanto um horror, quanto uma comédia ao mesmo tempo. 


Qualquer produção que apresente Corey Haim e Corey Feldman, será um filme interessante, sem poder levar muito a sério alguns pequenos detalhes, é claro. Se você não sabe quem são esses dois caras, é melhor procurar descobrir. Apenas assista o filme e aproveite sua trilha sonora, com muito INXS, Run DMC e The Doors. Nota 9.

Dirigido por Joel Schumacher.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O Cristal Mágico (1986)

Mo Fe Cui. Filme de ação feito em Hong Kong, estrelado pela dupla de atores/lutadores  Andy Lau e Cynthia Rothrock (uma espécie de versão feminina de Chuck Norris). Aproveitando a popularidade dos mega-hits de Steven Spielberg, E.T. e INDIANA JONES, o cineasta chinês, Wong Jing, dirigiu esse filme sobre Andy (Andy Lau) que, juntamente com os amigos Pin (Bin Bin) e Pancho (Jing Wong), se aventuram na Grécia para encontrar seu amigo Shen (Phillip Ko), perdido há muito tempo. Eles logo descobrem que Shen está sendo seguido tanto pela KGB, quanto pela Interpol, depois de encontrar algumas jóias raras, em uma escavação arqueológica. 


Após uma série desagradável de eventos, Andy acaba em Hong Kong com as pedras, que, ao que parece, não são jóias, mas uma forma de vida alienígena. Enquanto isso, Karov (Richard Norton, MAD MAX 4), um mágico do mal, está decidido a colocar as mãos na gema-alienígena, fazendo o que for necessário. Cynthia Rothrock é Cindy, uma agente da Interpol que procura o cristal mágico, junto com Andy Lau, que  também é algum tipo de agente especial. 


O cristal tem o poder de projetar imagens e até de fazer uma lavagem cerebral, a uma certa distância. Richard Norton é um russo ganancioso, que procura usar o cristal para seu próprio prazer. A mistura de gêneros diferentes - ficção científica e artes marciais - não é 100% eficaz, mas às vezes é interessante, principalmente durante as cenas de luta, que são ágeis e ferozes. Os destaques ficam por conta de Cynthia Rothrock (seu kung-fu de águia), Richard Norton (a maneira como ele lida, com suas armas afiadas duplas), Andy Lau (usando um guarda-chuva como arma!), e a atriz que interpreta sua irmã (com habilidades surpreendentes, de flexão de corpo), são excelentes exemplos de ação. 


Eu recomendo esse filme para admiradores da bela atriz Cynthia, bem como para qualquer fã de cinema de artes marciais, dos anos 80 de Hong Kong. Não é uma super-produção, mas possui bons momentos. Nota 8,5.

Direção de Jing Wong.

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

PIN - Uma Jornada Além da Loucura (1988)

Nessa versão-baixo-orçamento de PSICOSE, o personagem Leon (David Hewlett) é Isolado do convívio social por seus excêntricos pais (sua mãe é maníaca por limpeza - a atriz Bronwen Mantel, em um belo papel); enquanto o pai é viciado em seu trabalho). O jovem encontra então, companhia em um amigo imaginário, que por acaso é um boneco de anatomia, do consultório médico de seu pai Dr Linden (Terry O'quinn). Infelizmente, o boneco começa a tomar conta da vida de Leon e da vida de sua irmã Ursula (Cynthia Preston), que dividem a casa com "Pin" (o manequim de anatomia). Quando Ursula começa a sair com o novo namorado, seu irmão e seu sinistro boneco, tomados pelo ciúme, resolvem entrar em ação. Este filme nunca recebeu muita atenção, sendo colocado na mesma bacia de filmes "splatter" dos anos 80.


Isso é realmente uma pena, porque PIN é tudo que um bom filme de terror deve ser: quieto, tenso, estressante e emocionalmente envolvente. A "voz" de PIN é extremamente perturbadora e sua mera presença em cada cena é fascinante, mas ao mesmo tempo incômoda. Você realmente se preocupa com os personagens, ao contrário dos adolescentes fúteis em filmes "slasher", que você nunca conhecerá como seres humanos, e que muitas vezes acaba torcendo contra eles durante a trama. 


Os personagens aqui, não são apenas "carne de açougue". Você gosta deles, você quer que eles sobrevivam, amadureçam e superem o passado. Todos esses elementos, tornam essa produção muito mais difícil de assistir, e muito mais horrível em seus momentos cruciais e assustadores. O final é de fato surpreendente. 


Altamente recomendado para pessoas que gostam de um terror psicológico, com sua paranóia e mentes distorcidas. Nota 8.

Direção de Sandor Stern.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Mil Séculos Antes de Cristo (1966)

O homem das cavernas Tumak (John Richardson), é banido de sua tribo selvagem. Ele encontra um novo lar, entre um grupo de gentis habitantes das cavernas do litoral, até que ele seja banido de lá também. Sentindo falta dele, uma de suas mulheres, Loana (a musa Raquel Welch - LEGALMENTE LOIRA), vai embora com ele, decidindo enfrentar o mundo pré-histórico, com seus monstros e vulcões assustadores. Este clássico é tudo que uma aventura pré-histórica deveria ser. Esqueça o fato de que os dinossauros e o homem não coexistiram, isto é apenas um detalhe insignificante. A narrativa é direta e primitiva, condizente com o cenário. 


John Richardson está muito bom e decente, e ainda tem muita barbaridade nele. Quanto à jovem Raquel Welch, nem mesmo os efeitos especiais de Ray Harryhausen poderiam ofuscar sua incrível beleza. Até em nosso tempo atual, garotas lindas como essas são raras ... elas jamais existiriam no mundo da antiguidade. A deslumbrante Raquel é puro colírio para os olhos, e é a mais bem sucedida neste aspecto, do que qualquer outra atriz na história do cinema. 


Um dos destaques é a sua briga de gato com a sensual Nupondi (Martine Beswick), sem precisar do auxílio do departamento de looks. Portanto, este é uma produção muito boa, melhor do que a sequência "QUANDO OS DINOSSAUROS DOMINAVAM A TERRA, 1970". Os monstros, as atrizes e a história são ótimas. A linguagem do homem das cavernas, dificulta às vezes, entender o que está acontecendo, mas dou crédito ao diretor por ser criativo neste ponto. 


Qualquer um pode ver este filme, independente da idade, é divertido de várias maneiras, mesmo sem a coerência de um bom roteiro. Nota 8,5.

Direção de Don Chaffey.

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Garotas da SS (1977)

Filme italiano, do gênero Nazi exploitation. Autoridades nazistas de alto escalão, com a intenção de erradicar traidores que planejam derrubar seu líder, recrutam e treinam um grupo de belas prostitutas, cuja missão é usar todos os meios necessários, para descobrir conspirações contra o Führer. Dirigido por Bruno Mattei, diretor associado a sub-produções do cinema italiano/pseudo-americano. Ele fez alguns clássicos, agradavelmente divertidos, como a bobagem pós-apocalíptica RATS (1984). SS Girls não está no mesmo nível disso, na verdade é um esforço razoável, dentro de um gênero medíocre em geral. 


O principal problema, é a grande quantidade de cenas entediantes de soft-core, e a ausência da violência lasciva, para animá-lo. Existem alguns personagens interessantes, um deles é Frau Inge (Marina Daunia), sádica e má; Hans Schellenberg (Gabriele Carrara), outro vilão e um dos mais cruéis da história cinematográfica; Madame Eva (Macha Magall), está bela e fatal etc.


A produção apresenta uma série de cenas eróticas, com toneladas de nudez feminina frontal, e a ocasional cena sádica com chicotadas. Infelizmente, tudo isso logo se torna uma coisa muito cansativa, e o filme rapidamente perde a vibração de seus momentos anteriores. Um último ato, no qual quase todo mundo se mata, depois de ouvir falar da morte de Hitler, garante, pelo menos, algum valor de culto ao filme, mas no geral, como na maioria das produções sobre nazistas, falta sempre qualidade ao resto do conteúdo. 


Claramente, os produtores não tinham a mesma quantia de dinheiro para gastar em design de produção e bons atores aqui, e seu diretor era conhecido por trabalhar essas limitações a seu favor, freqüentemente cruzando o limite do grotesco. Ainda assim, é curioso e recomendável para amantes do trash em geral. Nota 7,5.

Direção de Bruno Mattei.

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Invasão das Mulheres Abelhas (1973)

"Uma poderosa força cósmica, está transformando as mulheres da Terra, em abelhas-rainhas-assassinas-de-homens, através do excesso físico durante o ato sexual. O agente do governo W. Smith (Neil Agar) vai a Peckham, na Califórnia, para investigar a morte de um pesquisador da Brandt Research, que está presente em um incidente, com uma alta contagem de mortes, todas provocadas por exaustão." Observando algumas dessas mortes, não há nada de muito assustador sobre elas, apesar de toda propaganda que se divulga por ai. O filme todo parece trabalhar muito em cima de exageros. 


Isso é crédito para o roteirista Nicholas Meyer, que escreveu vários textos para JORNADA NAS ESTRELAS. O roteiro de Meyer é absurdo às vezes, mas ele, junto com o diretor, são capazes de mantê-lo em um ritmo de total ausência de realidade, misturado a sensualidade exacerbada. O orçamento aqui é um pouco maior, do que em muitos filmes dessa época, apesar das limitações óbvias. A sala da colméia de abelhas, ficou impressionante, bem  como, algumas das maquiagens de "abelhas". 



Anitra Ford está linda, no papel da Dr. Susan Harris, mas ela não é nada, perto da atriz italiana Victoria Vetri (O BEBÊ DE ROSEMARY), interpretando Julie Zorn. Todas as outras atrizes estão igualmente  belas (tenho certeza que isso é uma preocupação séria, para os espectadores de produções como esta).


"Invasão...", é um daqueles filmes, realmente divertidos dos anos setenta, que mistura terror e erotismo, com outros elementos de ficção científica, criando mais uma pérola do gênero, apesar de suas óbvias deficiências cinematográficas. Vale a pena não só por ser um bom filme B, mas também pela distração e até certa complexidade em alguns momentos. Nota 8,5.

Direção de Denis Sanders.

domingo, 30 de junho de 2019

Sangue no Sarcófago da Múmia (1971)

Uma expedição arqueológica, traz de volta a Londres, o caixão de uma rainha egípcia, conhecida por seus poderes mágicos. Seu espírito retorna na forma de uma bela jovem, mas coisas estranhas começam a acontecer. No elenco temos James Villiers, como Corbeck, um vilão suave e sagaz; Andrew Keir em uma boa performance como o sombrio Fuchs; enquanto George Coulouris (Berigan) e Hugh Burden (Dandridge) são ambos muito bons em retratar personagens perturbados. A alta e elegante Valerie Leon, é perfeita, com a beleza e a qualidade onírica necessária para o duplo papel da bela Margaret/Tera. O cenário parece ser moderno, mas o tom e a sensação dele são eduardianos. 


O diretor principal Seth Holt morreu durante os últimos dias de filmagens, então o produtor Michael Carreras teve que finalizá-lo, com as cenas no asilo, e que  estão entre as mais impressionantes. Fãs atuais de terror, provavelmente vão achar este filme incrivelmente antiquado, mas se você está cansado do centésimo filme sobre Jason/Freddy, ou mais um filme asiático de espíritos, dê uma segunda chance para "Sangue...". 


Talvez o único elemento que falta é o humor, mas ao assistir o filme você não perceba isso; seria legal se houvesse um tom mais cômico, mas ainda assim, é muito agradável de se apreciar. "Sangue..." é o quarto e último filme da franquia "The Mummy", da produtora Hammer Horrors, e se destaca dos demais por ter uma bela atriz (a inglesa Valerie Leon), no lugar de uma múmia feita de trapos. 


Recomendado para os amantes de produções de terror inteligentes, e de atmosfera exótica. Nota 8,5.

Direção de Seth Holt.

terça-feira, 18 de junho de 2019

O Rei dos Kickboxers (1990)

Kahn (Billy Blanks) é um campeão peso-pesado, que muitas vezes mata seus oponentes na frente da câmera, para promover a venda de fitas de vídeo. Jake (Loren Avedon) testemunhou seu irmão ser morto por ele, e agora deseja se vingar. Mas primeiro ele precisa melhorar suas habilidades de luta; ele pede conselhos a Phang (Keith Cooke), a única pessoa em todo o mundo que já sobreviveu a Khan, para treiná-lo até que ele seja páreo para o assassino. O enredo é perfeito - simples e limitado. A maior parte do script é dedicado às cenas de ação, enquanto o resto da trama é interrompida para ajudar na construção dos personagens, desenvolvendo sentimentos para e sobre eles. 


O filme todo parece um videogame. O protagonista enfrenta seus inimigos e trabalha/evoluindo até alcançar quem é o cara mau, e o derrota. O bandido até tem seu próprio movimento de finalização, que o herói deve procurar se esquivar. Este é de longe o melhor filme de luta de todos os tempos, e eu já vi milhares deles. "O Rei..." foi outra coprodução dos EUA-Hong Kong da N.G./Seasonal Films. Como a maioria das produções da N.G., seus filmes de kung-fu costumam ser bregas, com uma forte dose de alta energia. Esse é o lado bom dessa produtora. 


Eles nem tentam ser sérios ou elevar o material de origem. Aqui não é exceção. Ele é preenchido com muitas referências ao Kickboxing (termo muito usado nos anos 80, e que agora está em desuso) e paródias de outras produções. 


Os cineastas e os atores parecem estar se divertindo muito fazendo ele. Então sente-se e relaxe. Filmes como estes já não são mais produzidos e nós sentimos muito a falta deles. Nota 8,5.

Direção de Lucas Lowen.